Biografia

Oswaldo Soares da Cunha nasceu em Baguary, município de Figueira do Rio Doce, hoje Governador Valadares no Estado de Minas Gerais (Brasil), em 25 de fevereiro de 1921. Faleceu em Belo Horizonte em 30 de junho de 2013.

Filho de Octávio Soares Ferreira e Guiomar Soares da Cunha é o primogênito de uma família de dez filhos.  Em 1934 veio para a capital (Belo Horizonte) estudar interno no “Ginásio Arnaldo”, onde, logo ao chegar destacou-se como primeiro aluno do Colégio, conseguindo assim uma bolsa integral para o ano seguinte.

Bacharel em Direito pela UFMG (1947), exerceu advocacia apenas por um ano em Governador Valadares.   Entretanto, tangido pelo calor da terra natal retornou a Belo Horizonte.

Durante o governo do Presidente Juscelino Kubitschek foi oficial de gabinete do então Ministro da Educação Dr.Clóvis Salgado no Rio de Janeiro. Desta forma acompanhou a construção e a inauguração da nova capital Brasília. Posteriormente retornou a Belo Horizonte tendo sido nomeado Inspetor de Ensino.

Teve a chance de ser grande amigo de personagens ilustres do cenário político e literário Belorizontino. Dentre os amigos mais chegados citam-se José Ramos Filho, José Aparecido de Oliveira, Edison Moreira, Theódulo Pereira, Moacyr Andrade, Celso Brant, Prof. Mario Mendes Campos, Nilo Aparecida Pinto, Petrônio Bax. Tornou-se amigo de Tancredo Neves através de seu cunhado Oswaldo Guimarães Tolentino, colega de turma da faculdade e grande amigo.

Tomou gosto pelas trovas num primeiro contato com esta forma literária a partir da leitura de “Meu coração em cantigas”, livro recém-lançado na época pelo poeta capixaba Nilo Aparecida Pinto, de quem veio a ser grande amigo.  

Mais conhecido como cultor exímio da arte das trovas, é também autor de poemas e sonetos, alguns dos quais figuram em antologias de poetas brasileiros. É um pensador e, tendo como vocação a habilidade para sintetizar idéias, publicou também livros de máximas.  Publicou seu primeiro livro de trovas aos dezoito anos: “Maria”.

Profundamente sensível, surpreendendo muitas vezes pelo temperamento irreverente, ingressou na Academia Mineira de Letras em 1975, pelas mãos do acadêmico Moacyr Andrade e com o apoio do amigo, poeta e já acadêmico também Edison Moreira, ocupando a cadeira número dois.  

Foi casado com a artista plástica Ivelyse Carmelita Sigismondi Lobo (28/11/1929-12/12/2020), desde 1950. Tiveram cinco filhos: Bruno, Lenora, Rosana, Armando e Cristiana.

Foi agraciado já aos 90 anos com a Medalha Santos Dumont (2010) e com a Medalha da Inconfidência (2011).

Livros publicados

1939 – “Maria” – Trovas
1941 – “Sangue da Alvorada” – Poemas
1943 – “Estrela Cadente” – Poemas
1945 – “Rosa dos Ventos” – Poemas
1950 – “Quadras”
1952 – “Sonetos e Poemas”
1955 – “Canção dos condenados da mina” – Poemas
1957 – “A Lua no Poço” – Trovas
1961 – “Minimas” – Pensamentos e Quadras
1969 – “Pastor de Nuvens” – Trovas
1972 – “Torre Sonora” – Trovas
1984 – “Mínimas” – Pensamentos
1993 – “Livro das Trovas” – Coletânea
2003 – “Trovas de Sêneca” e “Mínimas”
2009 – “Sonetos (de ontem)”